Mas o trabalho continua...
Os trabalhos de criação do Urban Gallery terminaram, mas os tapumes dos prédios da Brookfield ainda vão servir de inspiração para as pessoas que passarem pelas obras. Mas vale lembrar que as intervenções urbanas continuam pela cidade, levando as pessoas a refletirem sobre o dia a dia corrido onde diversos cenários passam desapercebidos nas grandes cidades.
Comprometidos com essa ideologia, diversos grupos se empenham em trazer a arte para as metrópoles com intervenções criativas. Neste post você vai conhecer alguns grupos além dos que apresentamos aqui.
Bijari
Para o artista, lidar com a “resistência do material” sem acabar com ela é um grande desafio. Deve restar o conflito. No caso do Grupo Bijari, o desafio é confrontar a sua linguagem e seu instrumental tecnológico com a “realidade”, transformando-a em um espetáculo. Formado em 1996, por arquitetos e artistas, o Bijari é um centro de criação de artes visuais e multimídia. Desenvolvendo projetos em diversos suportes e tecnologias, o grupo atua entre os meios analógicos e digitais propondo experimentações artísticas, sobretudo de caráter crítico. Assim, intervenções urbanas, performances, instalações, video-arte e design tornam-se meios para estabelecer possibilidades de vivências onde a realidade é questionada.
http://www.bijari.com.br/
CIA.CACHORRA
A Cia. Cachorra é um grupo de criação coletiva que atua na cidade de São Paulo desde 1998. O grupo é composto por Fafi Prado, Melina Anthis e Paula Pretta - atrizes que migraram dos palcos de teatro para firmar no espaço público seu campo de expressão e de experimentação de novas linguagens. As Intervenções em espaços não convencionais buscam inserir ações poéticas na paisagem urbana de maneira a fomentar um dialogo direto com a coletividade em seus movimentos, fluxos, formas e atmosferas. Para tanto, utilizam elementos do teatro, da música, da performance e das artes visuais, de maneira a potencializar o discurso do corpo na escala urbana.
http://ciacachorra.blogspot.com/
Grupo Cobaia
Formado por uma reorganização de coletivos em meados de 2004 - Formigueiro, Feitoamãos, Coro e Bananeira, o Grupo Cobaia -, o grupo Cobaia foi o resultado da união de afinidades com o interesse em experiências de imersão nas diversas realidades que constituem a ‘vida urbana’. A idéia é extrair desse universo um pensamento norteador de intervenções, apresentações audiovisuais ao vivo e ações no universo das mídias.
Composto atualmente por Almir Almas, Cláudio Santos, Daniel Seda, Lucas Bambozzi, Sofia Panzarini, Rodrigo Minelli e Rogério Borovik, os grupos que formam o Cobaia já participaram de eventos como o Mídia Tática Brasil (Casa das Rosas), Territórios do AntiEspetáculo (SESC/Latinidades), ACMSTC - Arte Contemporânea no Movimento Sem Teto do Centro (Ocupação Prestes Maia e Bienal de Havana), Ruído Digital (ItaúCultural), File Hipersônica (Paço das Artes), Zona de Ação (unidades do SESC), projeto Cubo e outros, que se somam às experiências individuais de seus integrantes com arte pública, intervenções urbanas, ativismo e outros trabalhos e ações em espaços públicos e privados.
Um pouco do trabalho do grupo:
Contrafilé
Formado em São Paulo no ano 2000, o Contrafilé é um grupo de investigação e produção de arte que trabalha a partir de sua experiência cotidiana. Implicado na realização da vida pública, este é também o ponto de partida e território de proliferação do seu trabalho. O grupo investiga e produz arte tendo como campo privilegiado de trabalho a cidade e o espaço da rua. Desenvolve intervenções públicas misturando performance, instalação, escultura e narrativas poéticas, promovendo assim encontros criativos com diferentes pessoas, grupos e comunidades.
A obra mais polêmica: Uma catraca de ônibus foi colocada no largo do Arouche, em São Paulo, em 2004. Como um busto, faz o papel de escultura. O que significava: As barreiras a que todas as pessoas estão submetidas no seu dia-a-dia. A intervenção do grupo foi tema de redação da Fuvest, o vestibular que seleciona alunos para a USP.
Frente 3 de Fevereiro
Grupo transdiciplinar de pesquisa e ação direta acerca do racismo na sociedade brasileira, sua abordagem cria novas leituras e coloca em contexto dados que chegam à população de maneira fragmentada através dos meios de comunicação. Suas ações diretas criam novas formas de manifestação acerca de questões raciais e transformações culturais de diversas escalas e sentidos. Assim, a Frente 3 de Fevereiro associa o legado artístico de gerações que pensaram maneiras de interagir com o espaço urbano à histórica luta e resistência da cultura afro-brasileira.
Zumbi Somos Nós
Haiti Aqui
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